O uso de plantas para tratar doenças é antigo e até mesmo anterior ao surgimento da fitoterapia, datada de 3000 a.C. na China, que descrevia inicialmente as propriedades da cânfora e do ginseng.
Também comum na Ásia, a cúrcuma é uma planta da família do gengibre e originária da Índia. Seu uso remonta há 4000 anos a.C., tendo sido o herbáceo introduzido na Arábia no século VII e na Europa no século X. No Brasil passou a ser difundida na década de 80.
Primeiramente muito apreciada na alimentação, a cúrcuma passou a ser interesse de estudo quando percebido suas propriedades medicinais, tais como: gastroprotetora, anti-inflamatória, carminativa, anticonvulsivante, antimicrobiana, antirreumática, antioxidante, difundido uso dermatológico e oftalmológico, distúrbios do sistemas reprodutor, para tratar alterações hepáticas, sinusites, resfriados e comprometimento das vias aéreas, cicatrização de feridas e recentes estudos revelam positiva aplicabilidade em casos de depressão, anorexia e certos tipos de câncer.
A cor amarela das raízes da cúrcuma é devido a presença de curcuminóides polifenólicos, que inclui a curcumina, principal agente medicinal do herbáceo com potente ação anti-inflamatória por inibir diferentes moléculas envolvidas nos processos inflamatórios e cardioprotetor.
Além disso, a curcumina possui ação antibacteriana, antisséptica, antiviral, antifúgica e antitumoral. A atuação sobre os receptores de adenosina demonstrou em estudos com camundongos, ação anticonvulsionante. Os curcuminóides são também denominados antioxidantes, por neutralizar os radicais livres e aumentar a atividade das enzimas antioxidantes.
A curcumina é altamente solúvel em álcool etílico, insolúvel em água e pouco solúvel no éter. Em geral, pode ser encontrada em diversas formas e a dosagem administrada varia conforme a terapêutica e forma de utilização, líquido, pó, extrato seco, extrato fluído, óleo entre outros.
As precauções do uso planta se fazem a não utilização por gestantes devido ser um estimulante hormonal; contraindicada aos indivíduos com estômago hipersensível; indivíduos que fazem uso de anticoagulantes ou agentes trombolíticos e pessoas que fazem uso tópico devem atentar a ação fotossensibilizante.