Por Diego Marquete
“Tudo está se movendo, apesar do aparente silêncio.” (Rumi)
A primeira vez que li sobre Dewanchand Varma, fiquei encantado. Senti um conexão profunda com as ideias do sábio da Índia que influenciou o mundo da terapia manual por volta de 1930 após palestra proferida em Paris.
Baseando-se na medicina do Ayurveda, Varma apresentou na época a técnica que ele chamou de Pranaterapia, que tinha como um dos objetivos primários restaurar o fluxo da força vital interna; segundo ele, para isso deveria-se remover os obstáculos sobre a corrente nervosa e a circulação sanguínea.
Seus ensinamentos agregaram preciosos conceitos como ouvir os tecidos miofasciais e perceber a respiração existente em cada um deles, para, assim, poder aplicar as técnicas de liberação de maneira assertiva.
Muito além do físico, estabeleceu um elo com teorias sobre o complexo campo energético que percorre e circunda nossos corpos e como este campo de energia influencia o organismo em seu processo de homeostase.
Dewanchand Varma chamou atenção para a importância de ver, ouvir e sentir com as mãos,
permeando suas ideias, o trabalho de muitos profissionais da fisioterapia, osteopatia e quiropraxia como Randolph Stones, Stanley Lief, Boris Chaitow, Brian Youngs e Leon Chaitow.
Este último, por meio de pesquisas, traçou um comparativo entre o prana de Varma com a fáscia e os tecidos conectivos, estreitando a relação do professor indiano com os tecidos moles. Remover as restrições e melhorar o fluxo sanguíneo e nervoso para que o movimento possa ocorrer livremente é o cerne do pensamento de Varma, podendo esta ideia ser aplicada aos inúmeros tecidos do corpo, inclusive aos órgãos.
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